O Conto da Aia - Margareth Atwood

janeiro 02, 2021

 


Oie! Em primeiro lugar gostaria de desejar um feliz ano novo a todos que vierem a ler esta postagem, muita saúde, nós estamos precisando nesse momento difícil que o mundo está enfrentando e dizer que é ótimo fazer a primeira postagem de 2021.

 Hoje vai ser a primeira resenha de uma série de duas sobre dois livros que deram origem a uma série chamada The Handmaid's Tale. No Brasil,  o título é o Conto da Aia. Ele foi escrito por Margaret Atwood em 1985 e publicado pela editora Rocco. O romance  distópico se passa num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. Fazendo uma pausa para explicar o significado de distópico, a palavra está relacionada a um lugar hipotético onde se vive sob sistemas opressores, autoritários, de privação, perda ou desespero. Voltando à sinopse do livro, também não há advogados, as universidades foram extintas e ninguém tem direito à defesa. Os cidadãos que são considerados criminosos são fuzilados e pendurados em um muro, em praça pública para servir de exemplo à vista de todos. Para que isso aconteça não é preciso fazer muita coisa, basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime como "Liberdade". Nesse estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome desse lugar é Gilead, que antes foi Estados Unidos da América. Tudo mudou durante um golpe de estado promovido por uma organização que tinha como justificativa preceitos bíblicos. A ideia era criar uma nova sociedade que não tivesse nenhum resquício do que foi a sociedade anterior, que se corrompeu  e se rendeu a modernidade deixando a moral e os bons costumes de lado. As mulheres saudáveis foram retiradas de suas famílias e levadas para Gilead na intenção de repovoar o mundo servindo como barriga de aluguel para as esposas dos comandantes que não conseguiam ter filhos.

 Essas mulheres eram usadas somente para procriar e assim que os filhos nasciam elas eram retiradas dessa casa e levadas para uma outra casa para servir novamente como barriga de aluguel para uma outra esposa. Elas tinham praticamente todos os seus direitos negados como mulheres e não podiam sequer falar umas com as outras em público. As mais velhas, que não mais conseguiriam ter filhos trabalhavam nas cozinhas, nas escolas preparando as Aias e as filhas dos comandantes. As filhas dos comandantes recebiam ensinamentos sobre como ser a esposa perfeita e submissa, já as Aias só precisavam ser obedientes e se manterem saudáveis para terem filhos igualmente saudáveis e cumprirem assim, a vontade de Deus.

 Assisti primeiro a série e só depois descobri que a história tinha sido retirada de um livro. São dois volumes e o primeiro conta a história da Aia June que depois que passa a viver na casa de um comandante, é chamada de Offred. Todas elas recebiam nomes que faziam apologia ao nome do seu Comandante, no caso de June,  seu comandante era Fred. A série de início me chamou bastante atenção e quando eu comecei a ler o livro percebi que existem coisas que ficam soltas. Então eu vou deixar claro que eu prefiro a série por ter mais riqueza de detalhes. Esse primeiro livro conta desde o momento em que June foi raptada tentando fugir do país com a sua filha e o seu marido até o momento em que ela consegue retirar a filha que teve dentro da sociedade de Gilead para que ela pudesse ser salva no Canadá pelo marido que conseguiu se salvar durante a fuga. O livro é interessante por dar mais personalidade ainda a personagem que na série divide o protagonismo com outros personagens tão importantes quanto para o desenrolar da história. Lembrando que o livro é contado sob a ótica de June mas, é narrado por um professor universitário durante uma palestra mais de 100 anos depois da queda de Gilead. Vale a pena acompanhar porque acredito que mesmo faltando muitos detalhes que fazem parte da série, o livro consegue trazer bem toda a história e o contexto da criação desse regime totalitário e opressor e principalmente nos mostra claramente o papel da mulher em um regime desse tipo. Talvez tenha sido a maior lição que o livro me trouxe, que mesmo diante de tanta opressão ainda sofrida por nós mulheres, podemos lutar por nossos direitos mesmo lutando contra uma sociedade machista, que tenta nos oprimir mas que ainda é obrigada a nos dar voz. June é um símbolo de resistência e de perseverança e nos mostra que sempre podemos fazer mais, mesmo diante das adversidades.💗

 Como sempre, vou deixar o link tanto para a compra quanto para fazer o download do livro em PDF. Beijos e até a próxima resenha com a parte dois que é intitulada "Testamento".

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